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Governo de RO realiza obras de contenção no Rio Boa Vista, em Ouro Preto do Oeste

Segundo o gerente da Caerd, em Ouro Preto do Oeste, José Iram Dantas de Lima, a última medição de vazão do rio, realizada em 3 de junho deste ano pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental (Sedam), registrou 2.707 litros por segundo. No entanto, há preocupação de que o nível baixe devido à estiagem que chegou mais cedo este ano. “Hoje, o Rio Boa Vista tem bastante água, mas é preciso antecipar as ações. Os órgãos de controle do tempo informam que a estiagem de 2024 será mais severa. Não queremos que a vazão caia para 871 litros por segundo como ocorreu em 2022, quando o rio ficou muito seco no final de agosto e setembro”, destacou.

No primeiro estágio das obras, uma máquina está sendo usada para realizar o revestimento de pedras, criando a barragem. Funcionários da companhia e mão de obra reeducanda, cedida pela Secretaria Regional de governo no município, e com o apoio da Prefeitura de Ouro Preto do Oeste, estão preenchendo sacos com areia que serão usados na represa. O trabalho é supervisionado pelo engenheiro civil da Caerd, Vagner Zacarini, junto à equipe local da empresa.

“Os sacos de areia serão usados para revestir as pedras, seguidos pela aplicação de uma lona e mais uma camada de sacos de areia. Essa contenção permitirá o transbordo por cima da parede, mantendo a reserva de volume de água do rio para captação,” explicou Zacarini.

A ação integra o Plano de Urgência e Contingência à Crise Hídrica de 2024, desenvolvido pela Caerd para minimizar os impactos da escassez de água e garantir o abastecimento de água tratada durante o período crítico.

ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Para o diretor técnico e operacional, Lauro Fernandes, o plano abrange todos os municípios e localidades assistidos pela Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia, com foco especial nas cidades de Espigão do Oeste, Cerejeiras e Ouro Preto do Oeste, consideradas de risco extremo devido à falta de recursos hídricos abundantes. “A região de Ouro Preto não dispõe de fartura hídrica. A sazonalidade na Amazônia afeta diretamente o abastecimento de água, uma vez que os cursos d’água são de pequeno porte e sofrem drasticamente com a redução de seus níveis durante o verão. É importante que as famílias utilizem a água de forma consciente, somente em atividades essenciais,” ressaltou.

O diretor também orientou sobre a importância de instalar caixas d’água de pelo menos 500 litros nas residências, conforme a Lei Federal do Saneamento Básico nº 11.445 e a NBR 5626 da ABNT, que regulamentam a instalação de reservatórios. “Ter uma caixa d’água em casa garante um fornecimento contínuo durante interrupções no abastecimento, e evita sobrecargas nas tubulações.”

fonte: jaruonline.com

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