

Uma mulher foi presa por engano em Ouro Preto do Oeste, Rondônia, após um erro do Poder Judiciário da Bahia. Elizabete de Jesus Souza de 36 anos foi detida na última terça-feira (11) enquanto registrava um boletim de ocorrência na delegacia local, após o incêndio criminoso de sua residência.
O advogado de defesa, Robson Amaral Jacob, esclareceu que a prisão ocorreu devido a um mandado expedido na Bahia, baseado em uma confusão de identidade. Segundo ele, a verdadeira suspeita tem um nome semelhante, mas com grafia diferente e idade distinta. “O nome da pessoa que cometeu o crime na Bahia termina em ‘Th’, enquanto minha cliente tem um nome parecido, mas com outra grafia. Além disso, a idade das duas é muito diferente”, explicou o advogado.
Elizabete permaneceu presa por quase 24 horas no presídio de Ouro Preto do Oeste até que a defesa conseguisse reverter a situação. O caso gerou grande repercussão devido à gravidade do erro e ao impacto emocional sofrido pela vítima. “Ela já estava abalada pelo incêndio de sua casa e, ao ser presa injustamente, ficou em estado de choque”, afirmou Jacob.
A juíza responsável pela audiência de custódia reconheceu rapidamente o erro e concedeu a liberdade de Elizabete. O advogado destacou ainda que a tecnologia foi fundamental para garantir a rapidez na solução do caso. “Hoje, os processos eletrônicos permitem uma resposta mais ágil do judiciário, o que ajudou na liberação da minha cliente”, disse.
Agora, a defesa estuda as medidas cabíveis para responsabilizar o Judiciário baiano pelo erro. “Estamos apurando os fatos com cautela para buscar a devida reparação”, concluiu Jacob. O caso levanta questões sobre a segurança dos sistemas de identificação e a necessidade de maior rigor na conferência de dados judiciais para evitar novos erros.
fonte: OuropretodoOeste.com
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